quarta-feira, 10 de abril de 2013

A carta (que não enviei)

Mais uma vez reagi a quente, não consegui acalmar a minha insegurança/ desconfiança, apenas porque o meu corpo ficou a explodir interiormente, pelo que imaginei.
Não sei se fiz bem, se fiz mal...apenas sei que estou a sofrer desalmadamente. Continuo com as tremuras corporais, com uma pressão enorme na cabeça e com os batimentos cardíacos acelerados...os sentimentos corroem-me!!!

Tudo começou com uma interajuda mútua, porque efectivamente me disponibilizei a ouvir-te perante o momento que atravessavas, que parecia idêntico a uma situação que anteriormente já tinha vivido. Limitei-me a retribuir a tua disponibilidade anterior.
Foi bela a forma como entusiasticamente começámos a escrever-nos.
Daí até ao primeiro encontro foi um pulo, apesar de todas as minhas inseguranças.
Parecia perfeito, mais que perfeito! E foi...

...até ao momento em que vivênciaste de perto alguns erros que (insconscientemente) cometi.
As nossas personalidades chocaram, os nossos orgulhos vedaram o que inicialmente construímos, a falta de paciência afastou-nos.
Aqui começou o meu sofrimento. Sentia que te perdera. O teu desprezo para comigo era notório e percebia que nada era como antes. Tentei mudar o rumo dos acontecimentos, mas percebi que era tarde. Tentei preservar uma amizade, mas aquilo que sentia por ti continuava a ser algo mais profundo. Por isso, hoje aconteceu aquilo que não esperava: o fim!

O meu feeling sussurrou-me que terias novidades.
Liguei-te para que me confirmasses (ou não) o que de novo estarias a viver, mas mais uma vez respondeste com um pergunta. Essa tua maneira de resposta, mata-me! Mas a minha insegurança, desconfiança, feitio, também me mataram.
Se estava errado, apenas gostava que mo atirasses à cara e dissesses que devia mudar este meu comportamento permanente e obsessivo de não acreditar nas pessoas e de facilmente fazer filmes; se fosse verdade, custaria a ouvir, mas disfarçaria e desejar-te-ia as maiores felicidades, confirmando que o meu tempo há muito tinha terminado, seguindo cada um os seus caminhos, de forma respeitosa e educada.

Sofro, e muito, porque julgo não ser um traste. Apenas sou um ser humano que tem sentimentos e gosta de preservar as coisas boas. Chego à conclusão que criei um feitio esquisito em mim, fruto do passado. Mas considero-me verdadeiro, na forma de sentir, apesar de a vida, repito, ter-me moldado de uma maneira diferente em relação a algumas coisas, designadamente quanto à segurança, à confiança, à autoestima, ao orgulho, à paciência...apenas precisava de ajuda a ultrapassar estes problemas, que desde inicio te confidenciei (aliás, serias a minha "técnica" predileta e eu o teu utente preferido, lembras-te?). Se calhar, tens razão: fui/ sou egoísta e esqueci-me que os outros também podem precisar desse apoio...e, como dizes, os amigos servem para apoiar e não para duvidar ou pôr em causa.
Diga-se que também não ajudaste com a ignorância e o desprezo a que ultimamente me votavas...

Estas palavras nada valem, mas fazem-me libertar a alma e o corpo, que se encontra num estado de total ebulição. Há muitos anos que não me sentia assim!
Não consigo estar de mal com as pessoas que me são queridas. Pelo contrário, gosto de estar próximo delas, apoiá-las, ouvi-las, criticá-las (se me pedirem opinião)...

Os caminhos que cada um percorrerá serão diferentes, mas desejo-te muita felicidade.
Sabendo que estás bem, eu também estarei.

Espero e faço votos para que um dia estejamos refeitos deste mal estar.
Sabes mais que ninguém, que a cabeça é um antro de complicações e a minha tornou-se muito complicada.
Sei que errei e peço desculpa. Mas interioriza: nunca te quis magoar.
Também quero que saibas que nunca te esquecerei, porque um dia apaixonei-me por ti e pensei que farias parte da minha vida futura...e, à minha forma, tentei dar passos nesse sentido, esperando um sinal teu, mas em vão...

Até sempre!
Um beijo

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