Há longo tempo que levantar-me da cama tornou-se um tédio. Saber que tenho de enfrentar mais um dia no posto de trabalho é um martírio e deixa-me mal disposto.
Não gosto daquilo que faço, mas sinto-me amarrado e sem asas para arriscar novos voos.
Os pais só querem o bem dos filhos, mas pertenço àquele grupo de descendentes que seguiu uma vertente profissional, por influência dos progenitores.
Fiz mal! Devia ter enveredado por outros caminhos e dar as cabeçadas que tinha a dar, a fim de ganhar resistência para enfrentar as responsabilidades da vida.
Somos criados de uma forma tão protectora que, quando queremos mudar, sentimos um medo enorme de o fazer, continuando amarrados à nossa zona de conforto.
Actualmente, entendo o trabalho como uma obrigação, para fazer face às minhas necessidades, sendo a realização nula.
Mas pior que isso é sentir que esta situação mexe com o meu bem estar físico e psiquico.
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